domingo, 20 de junho de 2010

ESTUDO DOS VERBOS

Cio da Terra

Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar do trigo o milagre do pão
E se fartar de pão.

Decepar a cana
Recolher a garapa de cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel.

Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
De fecundar o chão.

Milton Nascimento e Chico Buarque de Holanda


Exercícios:

1) Todos os verbos do texto encontram-se na mesma forma. Em que forma eles estão?

2) Você percebe alguma relação entre o conteúdo do texto e os verbos na forma em que estão? Explique:

3) Leia atentamente o último verso da primeira estrofe e o último verso da segunda estrofe. O que eles nos dizem?

4) Forja é um conjunto de fornalha, fole, Bigorna, do qual se utiliza o ferreiro em seu trabalho. Forjar é trabalhar na forja. Explique com suas próprias palavras, o significado do verbo FORJAR no terceiro verso:

5) Em que verso temos um verso que pode ser substituído por "acariciar"?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

U2 - One - Anton Corbjin Version

Bee Gees - How Deep Is Your Love (Video)

PÉROLAS DO ENEM 2010

por Gabriel Naressi em 3 de fevereiro de 2010 às 12:01
As pérolas são daqui, e os comentários sem graça são meus.
‘O sero mano tem uma missão…’
(Missão: aprender a ler e a escrever)
‘O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. .’
(Ah tá! é El Niño…)
‘O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!’
(Diozanio parece o nome do meu tio)
‘A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.’
(E além de tudo, viajam pra caramba, hein?)
‘O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes’
(Dos peixes? Então podiam pescar galinhas…)
‘É um problema de muita gravidez.’
(Claro, muitas pessoas estão gravidas)
‘A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.’
(Então corrão pras colinas do egito!)
‘Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia’
(Pandas na amazônia e inteligência no seu cérebro)
‘A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se acabando’
(Ah sim. E antes dos portugueses, a natureza não existia.)
‘O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.’
(Sem comentários… aja cerumanisse nesa pesoa)
‘Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil’
(Não entendi nada.)
… menos desmatamentos, mais florestas arborizadas. ‘
(Por que florestas sem arborizamento não são florestas)
‘Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia.’
(Raios ultra violentos! chamem a polícia!)
‘Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado.’
(Micro leão dourado é encontrado na terra dos oompa loompas.)
‘Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu , o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira..’
(Hahahahahahahahahahahahahahaha! e sem oxigênio)
‘… são formados pelas bacias esferográficas. ‘
(Bacias cheias de tinta de canetas hidrográficas.)
‘Eu concordo em gênero e número igual.’
(Eu discordo!)
‘Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio.’
(Por que senão seremos dominados pela conspiração global!)
‘O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas.
(Mas pega e te dá uma injeção na testa!)
‘Vamos deixar de sermos egoistas e pensarmos um pouco mais em nos mesmos.’
(Parece até o garfield falando)
Quem gostou? vou continuar procurando mais, se achar eu posto.

CONTO PROPAROXÍTONO

(autoria desconhecida)

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo gostou dessa situação: os dois, sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E, sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: "ótimo", pensou o substantivo, "mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos". Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo: todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele mais empolgado que ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que não era daquelas para ser soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela não se deixou levar por essas palavras, embora estivesse totalmente oxítona às vontades dele: ela temia ser comum de dois gêneros. Ela não pensava na vida como totalmente voz passiva, sendo ele voz ativa. Mesmo assim, entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi envolvendo-a: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta dela inteira.
Estavam na situação de primeira e segunda pessoas do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, ela devolveu-lhe uma metáfora, enquanto o substantivo já queria partir para os dois pontos, seguido de um superlativo absoluto. Que loucura, minha gente! Foi se aproximando; mas ela, com todo o seu predicativo do sujeito, gritou duas interjeições, anunciou que ia embora como sujeito oculto, pois não suportava a situação daquele sujeito indeterminado no meio da conversa entre os dois.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou pela porta afora, e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

NOTHING ELSE

Olá....
Não tenho conseguido postar nada de novo que seja interessante, pois o meu trabalho está me exigindo bastante neste momento. Espero poder, na próxima semana, escrever algo bem bacana.
Até lá vou pensando sobre o que escreverei, se sobre Inglês, Português ou alguma coisa das disciplinas do meu curso de Pós em Literatura Brasileira.
Até lá...